Foto: Alex Regis
Representantes de empresas de ônibus cobraram da Prefeitura do Natal, nesta terça-feira (4), uma solução para a crise financeira que atinge o sistema de transporte público na capital potiguar.
Em reunião na sede da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), diretores do Seturn – sindicato que representa os empresários – pediram que a gestão municipal apresente uma solução para que não haja mais retirada de linhas nem redução de horários em função do aumento nos custos de operação.
O Seturn pede que a Prefeitura do Natal aumente o valor da tarifa de transporte ou repasse às empresas um auxílio financeiro (espécie de subsídio).
Os empresários reclamam que o preço da passagem é o mesmo desde 2019 e que, de lá para cá, as despesas aumentaram significativamente, especialmente combustível (óleo diesel). Para completar, o número de passageiros vem caindo consideravelmente.
Dados obtidos pelo PORTAL DA 98 FM apontam que, nesta segunda-feira (3), o sistema em Natal transportou apenas 179 mil passageiros. Há seis anos, a média diária era de 271 mil conduzidos.
Diante das dificuldades financeiras, as empresas afirmaram que continuam impossibilitadas de operar todas as linhas do sistema. Em março, em meio aos ataques criminosos que incendiaram ônibus e prédios, cinco linhas que serviam o bairro das Rocas, na Zona Leste, tiveram o itinerário encurtado até a Ribeira (bairro vizinho), o que gerou indignação entre os usuários das Rocas. São elas as linhas 46, 51, 52, 54 e 56.
Em reunião na STTU nesta terça-feira, o deputado estadual Ubaldo Fernandes (PSDB) e os vereadores Herberth Sena (PSDB) e Eribaldo Medeiros (PSB) cobraram que as linhas sejam retomadas. Após o encontro – que terminou sem acordo –, os parlamentares foram às redes sociais para convocar a população do bairro para um ato público nesta quarta-feira (5), em protesto contra a retirada das linhas.
“Se não nos mobilizarmos em um grande ato, vamos ficar mais desassistidos de transporte público do que já somos. Os empresários não recuam e a STTU não consegue obrigá-los a manter nossas linhas de ônibus”, afirmou Ubaldo, pelas redes sociais.
O Seturn alega que o bairro das Rocas já é abastecido por outras 10 linhas e que não há demanda que justifique a manutenção das cinco que foram retiradas. O sindicato cobra da prefeitura um novo desenho das linhas e a realização da licitação que vai definir o modelo econômico do sistema após a concessão. Reclama, também, da falta de segurança no bairro.
Ainda segundo os empresários, caso a receita das empresas não seja recomposta, outras linhas podem ser afetadas. O Seturn afirmou, durante a reunião, que em breve o horário final de circulação pode ser antecipado, diante dos custos elevados de operação. Hoje, as linhas operam até 23h.
Portal 98 FM
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