A estatal não deu detalhes do novo programa, mas disse que os estudos estão em fase avançada e que procura parceiros para deixar o orçamento mais robusto
A Petrobras anunciou na noite desta quarta-feira (29) que destinará R$ 300 milhões por 15 meses a um programa que atenderá famílias em vulnerabilidade social a fim de auxiliá-las na compra de “insumos essenciais”, como o gás de cozinha. A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração da estatal.
A empresa justificou que a ação serve para alinhar a atuação social às atitudes de outras companhias no contexto da pandemia. “Somos uma empresa socialmente responsável e comprometida com a melhoria das condições de vida das famílias, particularmente das mais vulneráveis”, disse o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna.
“A pandemia e todas as suas consequências trouxeram mais dificuldades para as pessoas em situação de pobreza. Tal fato alerta a Petrobras para que reforce seu papel social, contribuindo ainda mais com a sociedade”, completou.
No comunicado, a estatal revela que o programa está na fase final de estudos, etapa onde os critérios de escolha dos beneficiários estão sendo definidos. A empresa disse, também, que busca parceiros investidores para colocar a iniciativa em prática e “ampliar o valor a ser investido”.
O anúncio vem em um momento delicado para o governo, que é acionista majoritário da Petrobras e vê sua popularidade derreter à medida que a inflação decola e piora a vida dos mais necessitados. Em vários locais do país, o botijão de gás de cozinha pode ser encontrado com preços acima de R$ 100.
Em outra frente, o governo tenta diminuir os impactos dos frequentes aumentos de combustíveis pela Petrobras – que adota um modelo de paridade com o mercado internacional – e promover mudanças na cobrança do ICMS. A gasolina comum chegou a custar R$ 7 em vários locais pelo país no último mês.
Soma-se a isso a tarifa de energia elétrica, que foi uma das principais responsáveis pelo avanço da inflação nos últimos meses. Com a crise hídrica sem precedentes, o efeito cascata da nova bandeira tarifária tende a piorar a inflação, que já passa de 10% nos últimos 12 meses.
Correio Braziliense
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