Em sessão realizada nesta segunda-feira (15), a Comissão de Enfrentamento ao Coronavírus da Assembleia Legislativa do RN, uma recomendação foi aprovada para que o Governo do Estado do Rio Grande do Norte corte qualquer repasse financeiro para o Consórcio Nordeste.
O presidente do colegiado, Kelps Lima (SDD), lançou a proposta inicial que tinha como objetivo evitar que o Estado continue enviando recursos para a entidade nordestina como também excluir o RN do colegiado, mas essa última medida foi rejeitada.
Para os membros da Comissão, é preciso investigar e punir possíveis casos de corrupção, mas é importante o RN continuar no Consórcio. Kelps relatou que o Consórcio Nordeste está sendo utilizado para “desperdício e mal uso” do dinheiro público. O deputado citou que já há delação por parte dos empresários investigados, relatando o desvio de recurso.
“Só a Comissão paga aos intermediadores pela compra de respiradores é de R$ 12 milhões. Imagine em um momento onde milhares de nordestinos estão morrendo, ou com negócios quebrando, ou perdendo empregos por causa do coronavírus”, disse.
Para o deputado Francisco (PT), é imprudente para o RN sair do Consórcio. O deputado recordou que estas organizações são importantes mecanismos até mesmo para prefeituras no interior do Estado.
Já Hermano Morais (PSB), cobrou punição para os envolvidos. “Um crime absurdo em qualquer época, em uma pandemia, de tantas dificuldades para o país, alguém querer roubar dinheiro público, é pior ainda. Defendo punição exemplar para quem tem se comportado de forma reprovável durante esse período”.
Hermano também foi contra a saída do RN do Consórcio. “Foi bem concebido, se houve desvio de finalidade, que seja corrigido. Mas considero precipitado já pedir exclusão do RN, nós precisamos nos unir com outros estados, ter mais cuidado na aplicação dos recursos. Não é hora de se excluir diante desse grave episódio”, disse.
Com a pandemia, o Consórcio Nordeste criado com o objetivo de facilitar compras e negociações em comum para os nordestinos, usou deste mecanismo para comprar respiradores. Só que, em uma das compras, foram pagos mais de R$ 48 milhões de forma antecipada e os equipamentos não foram entregues. Nem o dinheiro devolvido, até agora. Deste valor, R$ 4,8 milhões são do RN.
Fonte: MBL NEWS
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